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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

25 de janeiro - 457 anos! Parabéns São Paulo!





Isabel Sousa


Em vários lugares da cidade houve pomposas e belas comemorações.
Eu pessoalmente estive na Praça da Sé, onde a estátua do Padre José Anchieta, de porte altivo nos faz lembrar a fundação da cidade que se havia de tornar nesta imensa metrópole cheia de histórias.
Na Praça da Sé eu vi várias faces de São Paulo.
Desde o índio Feitosa - xavante - com seu violão e sua voz afinada entoou belas canções; e, que vontade ele teve de contar sua história e de seus antepassados!
Não dava tempo para divagações. Sei que os xavantes são originários de Goiás e que imigraram para o Mato Grosso no século XIX.
O índio Feitosa é hoje um cidadão que abraçou São Paulo e que ama falar sobre suas origens.
A verdade é que, não é em todo o canto e a qualquer hora que se vê um índio nesta cidade!



Voltando às faces de São Paulo:
Vi um mendigo que rolou animadamente pelo palco improvisado se extasiando ao escutar os belos poemas e os acordes dos violões que ecoaram pelo espaço, a Praça da Sé marco da cidade, a pouco e pouco se encheu de gente.
E, que ironia, o mendigo, paz estampada em seu semblante! sorriu - bateu palmas e gritou:
Viva São Paulo!
Eu sorri e comentei:
"Pobrete mas alegrete!"




No meio aos espectadores estavam duas simpáticas freiras apreciando aqueles descontraídos momentos.
Não me contive e reparei que tinham em mãos O "FANAL" jornal mensal da Casa do Poeta; as abordei e lhes perguntei se gostavam de poesia; ao que de imediato responderam:
Muito!

Acrescentarei, que esta comemoração se repete há alguns anos por iniciativa da Casa do Poeta "Lampião de Gás" de São Paulo.
Assim, muitos poemas alusivos à nossa cidade foram declamados, porém, o que mais animou aquela manhã de sol brilhante foram os afinados violões e os cantores, que levaram todos os presentes a cantarem,como:
"São Paulo da garoa" - "Lampião de Gás" - Trem das Onze.... etc. etc.


No dia 25, a Praça da Sé foi o "oásis" - a imponente Catedral da Sé parecia reverenciar-se, e pelo chão pombos ciscavam sem medo dos transeuntes. Alguns cães de olhares doces pareciam participar do evento.

Pois é, São Paulo pode não ser mais a "Cidade da garoa", mas, não é momento de se pensar em "tempestades".
Cantemos então:
"Ai São Paulo - São Paulo da garoa - São Paulo que terra boa"!!!
Parabéns São Paulo!




quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Era uma vez... - Isabel Sousa



Era uma vez
Isabel Sousa


Era uma vez um presidente
Dum certo país tropical
Sempre alegre e sorridente
Nunca houve outro igual
Tantas viagens ele fez
Percorreu o mundo inteiro
Um autêntico burguês
Sorriso largo – brejeiro

Sonhou com Venus - com Marte
E a maior vontade sua
Era erguer seu baluarte
No árido piso da lua

Seu nome perpetuou
Num filme de sua história
O filme fracassou – ele sonhou
Que foi o auge da glória!
Dum sonho, a realização,
Em seu “reinado” feliz
Fechou os olhos à corrupção
Instalada em seu país

Tanto – tanto viajou...
Nada mais de novidade
Pra todo o sempre ficou
Da presidência a saudade

Sua esperança permanente
Que erguida será um dia
Em tempo pouco distante
Exibida com euforia
Sua estátua itinerante.

Esse “nobre” presidente
Em sonhos então flutua
E hoje muito contente
Vive no mundo da lua,
Ao lado da primeira dama
Que agora, fala pelos cotovelos
Mas ele nem reclama
E a enche de desvelos.


Todo o tempo da presidência
Ela nunca disse nada!
Sempre com muita paciência
“Entrou muda - saiu calada.”

sábado, 15 de janeiro de 2011

São Paulo!


São Paulo
Isabel Sousa
Cidade que amanhece
Sob o sol pardacento
A poluíção trafega
Mas o sol aparece
Sorri e nos aquece.

São Paulo que cresce
São Paulo que se agita
Cidade que não dorme
Chora - ri e grita!

As aves que cantam
Nas copas das árvores,
Os silvos do bem-te-vi,
Os trinados do sabiá,
E mais aves esvoaçam
Gorgeiam pra e lá e pra cá

Cidade de todos os credos
Respira por todos os poros...
Metrópele cheia de histórias
Povo oriundo
De todas as partes do mundo

Cidade dos contrastes
Cresceu vertiginosamente
É a maior do Brasil
É uma cidade imponente!

Padre Anchieta
É seu patrono
Ergueu com garbo a bandeira
Sendo um dos fundadores
E inspiradores
Da cultura brasileira

Com sua força então,
A partir,
Dum humilde barracão
Além da Serra do Mar
Foi desbravado este chão

Seu povo perseverante
Fez da pequena São Paulo
Uma cidade Gigante!