SEGUIDORES

terça-feira, 17 de abril de 2012



Lançamento do livro de poemas de Eduardo Canntho
 14 de abril na Biblioteca Anne Frank


Muitos amigos e familiares prestaram a merecida homenagem a Eduardo.
Houve música - descontração e sobretudo muita poesia.
Um excelente coquetel q/ terminou com um delicioso e lindo bolo.

Tomo a liberdade de transcrever um pequeno trecho de Carmen Mandia de Oliveira:


"Eduardo, que este livro, inicio de sua tragetória profissional, seja percursor de outros tantos. Que durante sua caminhada você encontre o merecido reconhecimento, e que sua obra seja motivo constante de grande realização profissional e, acima de tudo, de crescimento pessoal.


ONTOLOGIA (Eduardo Canntho)

Lendo, lendo, lendo...
Aprendendo a não saber
Do amor, da vontade, da virtude
Ah, meu Deus,
Quanta coisa se aprende
Ao se ler!

Lendo, lendo, lendo...
 Aprendendo a só viver
Da beleza, da arte, do ofício
Ah, meu Deus,
Que vontade, que vontade
De se ler!

Lendo, lendo, lendo
Vejam só; prestem atenção
No cerne da leitura
No bojo da imaginação

Lendo, lendo, lendo
Tendo todos que se ler
Nas páginas do dia
 Entre o verbo morrer.


Carmen de Oliveira diz:
"Poesia não se explica; se gosta"

E, eu acrescento:
Se todos fossem poetas, o mundo seria melhor.   (I.S.)
Que família maravilhosa! Parabéns a todos!

"Poesia é a substância do todo./ É um devaneio que nos enebria./ É a espera da realização dos sonhos,/ É ainda acreditar no mundo!   (Isabel Sousa)


A seguir:
Ode ao Urubu ( Eduardo Canntho)

Urubu, pai do céu
Urubu az de marfim
Jereba, manso coveiro
O limite é teu jardim

Via asas cortadoras
Vai-se do mar ao sertão
Por séculos de horas
O Camiranga era o avião

Mas aí nasceu o homem
Fruto duma inadimplência
O Jereba disse "amem"
Baixou o bico e a consciência.

Avião senhor do céu
Avião, cor de marfim
Turbina, mansa coveira
Terror do passarim.

Homem bobo esse, não?          
Não
Sabe que o Urupubeba
É o rei da aviação

Camiranga voa alto
Num país de azul intenso
A poesia é teu canto
O resto eu dispenso.

"Embarquei nas divagações de Eduardo; quase que eu viajo nas asas do Camiranga!
Aqui deixo uma pequena amostra do jovem poeta, ele nos presenteia com um estilo inconfundível.
I. S.