SEGUIDORES

terça-feira, 31 de maio de 2011

Sarau dos "Poetas da Casa das Rosas" 29 de maio de 2011







João Guimarães Rosa
Nasceu em 27/06/1908
Faleceu em 19/11/1967





"PROESIA"
Termo criado por Caetano Veloso,
proeza de misturar poesia com prosa.


Escolhido para receber esta homenagem foi o nosso Guimarães Rosa: Um dos mais importantes escritores brasileiros de todos os tempos.
Foi também médico e diplomata.


Convidado especial para falar sobre o assunto: o poeta e professor - Daniel Fransão Estanchi, ninguém melhor do que ele para me transportar à "Travessia" do velho Riobaldo; a minha imaginação navegou a uma época arcaica, anterior à escrita....... "Grande Sertão: Veredas". Rememora um tempo mítico através de histórias imagináveis.
"Deus existe mesmo quando não há, a gente sabe que ele não precisa existir para haver".Assim seguiu o Sarau com a interpretação de poemas e prosa poetica da autoria do homenageado.

Na abertutura foi dramatizado com um Jogral o poema Bibliocausto, por: Célia - Isabel - Etel e Charles.

Bibliocausto (Guimarães Rosa)

Que a minha mão não trema/ ao deitar no fogo forte e primitivo/ todos os traidores/ que me deram veneno.
Queimarei o frio/ geometrizador da vida/ lapidada através de lentes bem polidas/
(ah, o horror daquela pedra voando/ tangida pela mão de não sei que demônio/ e a pensar, pelo espaço, que ainda tem arbítrio!...)...
Queimarei o detrator/ maníaco e vaidoso/ que quis deter a vida numa câmara escura/
(ah, o inferno galopando às doidas/ nos cavalos sem freios/ da vontade cega e sem destino!...)
Queimarei o louco/ ébrio de orgulho/ raivoso de fraqueza/ que destilava haxixe em frascos verdes/ na paisagem alpina
(ah, o prazer com que ainda o queimaria/ em cada uma das voltas pavorosas/ do seu Eterno
Retorno!...)...
E só ficará comigo/o riso rubro das chamas, alumiando o preto/ das estantes vazias.
Porque eu só preciso de pés livres/de mãos dadas/ e de olhos bem abertos...


Como não poderiamos deixar de falar de saudade, aqui vai o poema interpretado no Jogral:

Saudade (Guimarães Rosa)


Saudade de tudo!...

Saudade, essencial e orgânica,

de horas passadas,

que eu podia viver e não vivi!...

Saudade de gente que não conheço,

de amigos nascidos noutras terras,

que talvez até hoje ainda esperem por mim...

Saudade triste do passado,

saudade gloriosa do futuro,

saudade de todos os presentes

vividos fora de mim!...

Pressa!...

Ânsia voraz de me fazer em muitos,

fome angustiosa da fusão de tudo,

sede da volta final

da grande experiência:

uma só alma em um só corpo,

uma só alma-corpo,

um só,

um!...

Como quem fecha numa gota

o Oceano,

afogado no fundo de si mesmo...



Abrilhantou também o nosso Sarau o cantor - poeta e compositor, Ozias Estafuzza, com suas lindas canções.

Na última parte , como sempre, terminou com os mais variados poemas da autoria dos "Poetas da Casa das Rosas".







sábado, 14 de maio de 2011

Biblioteca Anne Frank



Chuveu poesia na Biblioteca Anne Frank.
Muita animação com o Grupo "Guarda Chuva Poetico".

"A continuidade de eventos culturais como saraus, é uma necessidade vital para mantermos viva essa energia".
E, o incentivo à Leitura prosseguirá abrangendo crianças e adultos.