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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Aniversário da Avenida Paulista








Na foto, Antonio Carlos Franchini Ribeiro, Presidente da Associação Paulista Viva,  com Célia Abila e Isabel Sousa, ambas representando a "Casa das Rosas".





De:
Maria Célia Abila

Chave que preserva a descoberta
em lanugem de porta entreaberta;
caminho paralelo de espelhos
das alamedas e seus segredos.
Cento e vinte luzes de cultura
refletem gente nas estruturas.
Paulista Viva! Orgulho que emana -
memória da história paulistana.








Dia 08 de dezembro foi comemorado com grande estilo o

aniversário de 120 anos da Avenida Paulista.
Aconteceu no Centro Cultural do Conjunto Nacional uma festa promovida pela "Associação Paulista Viva".
Houve um caprichado coquetel. Descontração - sorrisos...
Ao entrar no teatro um não sei quê de poético dançava no ar... os acordes da orquestra... em seguida tocado e cantado por todos o Hino Nacinal.
Foi narrada e retratada a História desde os Barões do café - das carroças puxadas por animais - os Bondes deslizando pelos trilhos... até aos aglomerados dias de hoje.
Os congestionamentos de veículos - transeuntes apressados - e outros vagarosos saboreando o que de bom a nossa avenida nos proporciona.
Tudo isto foi projetado em um telão.




Além de imponentes edificios a Avenida Paulista se impõe pelos mais variados espaços culturais como:

Livrarias - cinemas - teatro... etc. etc.


O MASP é uma das mais importantes instituições brasileiras, possui a mais abrangente coleção ocidental da América Latina e de todo o hemisfério sul.


Não posso deixar de falar da "Casa das Rosas", uma das últimas mansões preservadas da Avenida Paulista, projetada por Ramos de Azevedo.
Abriga a biblioteca do poeta Haroldo de Campos, e dedica-se à divulgação da poesia e literatura por meio de cursos, recitais, palestras, shows e exposições.

Resumindo:
Impossível descrever exatamente tudo o que a Avenida Paulista nos oferece.

Parabéns á "Associação Paulista Viva" pela bonita festa.


É assim São Paulo/ São Paulo que cresce/ São Paulo que se agita/ Cidade que não dorme/ chora... ri e grita! As aves que cantam/ nas copas das árvores/ os trinados do sabiá/ os silvos do bem-te-vi/ e mais aves esvoaçam/ gorgeiam pra lá e pra cá.........
E, Viva a Avenida Paulista coração de São Paulo!
Isabel Sousa

domingo, 30 de outubro de 2011

Caneta de estimação



Aconteceu mesmo, cerca de dois anos se passaram para a dita caneta voltar às mãos de Cesar. Muitos desencontros! Até que um dia em um sarau poetico na Bibiloteca Anne Frank Cesar quase chorou ao receber esse poema junto com sua caneta de estimação.
E, as notas vibraram nas cordas do seu Bandolim.


(A César o que é de César)


DE:
Isabel Sousa



Era uma vez uma caneta
Branquinha – ligeira – brilhante...
Aconteceu – não é treta,
Há um tempo já distante

Seu dono a emprestou
A uma dama desprevenida
Que então a colocou
Na sua bolsa – distraída...

Seu César triste ficou
Tentou conformar-se, enfim,
Sua tristeza afogou
Nas cordas do bandolim

Um dia a caneta voltou
Num sarau de poesia
E o bandolim tocou
Desta vez com alegria

E, a caneta inspirada
Veio com força suprema
Da sua pontinha afiada
Saiu um alegre poema!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Sarau "Prata da Casa das Rosas" Em 10 de setembro de 2011 ) Homenagem a Fernando Pessoa)






Fernando António Nogueira Pessoa
Nasceu em 13 de junho de 1888 e faleceu em 30 de novembro de 1935




Sarau Prata da Casa das Rosas, desta vez com a participação musical de: Joel Costa Mar e Kátia Rua --- como se costuma dizer: "cantaram e encantaram", merecem um pouco mais... por que também tocaram.


"TUDO VALE A PENA SE A ALMA NÃO É PEQUENA"


Casa das Rosas – perfume no ar
Logo à entrada sorriem as rosas,
É primavera que vai chegar
Que flores lindas e viçosas!

Inspiram poetas com seus fluídos,
Sentimos o presente,e os tempos idos......
I.S.

>Mais um sarau aconteceu, eu me transportei a Portugal. Vi Fernando Pessoa, ora perambulando pela sala, ora parando... Era um belo “fantasma” na pessoa de Donatto Cornetta.
Também o poeta Daniel Franção Stanchi, fez uma dissertação “falando” com Fernando, e nessa prosa ele colocou belas frases do poeta em questão, juntando-lhes a essência da poesia que lhe vinha da alma.
Os heterônimos também não faltaram.
Assim o nosso poeta foi homenageado com muito bom humor e a descontração que sempre faz parte dos nossos saraus.

“Para a explicação da heteronímia, uma simples frase solta existe e que define um traço fundamental dessa explicação”:
“Desejo ser um criador de mitos, que é o mistério mais alto que pode obrar alguém da humanidade”.
Enfim, ficções – mitos... A verdade é que Fernando Pessoa foi um dos maiores poetas da Língua portuguesa, e, sua originalidade é única.

I.S.

“Dorme enquanto eu velo...
Deixa-me sonhar...
Nada em mim é risonho.
Quero-te para sonho,
Não para te amar.

A tua carne calma
É fria em meu querer.
Os meus desejos são cansaços.
Nem quero ter nos braços
Meu sonho do teu ser.

Dorme, dorme, dorme,
Vaga em teu sorrir...
Que o sonho é encantamento
E eu sonho sem sentir.

Fernando Pessoa

Heterônimos (Pequenos trechos)

Em viagem

O que nós vemos das cousas são as cousas.
Porque veríamos nós uma cousa se houvesse outra?
Porque é que ver e ouvir seriam iludirmo-nos
Se ver e ouvir são ver e ouvir?

O essencial é saber viver,
Saber ver sem estar a pensar,
Saber ver quando se vê,
E nem pensar quando se vê
Nem ver quando se pensa.

Alberto Caeiro



Tabacaria

Não sou nada
Nunca serei nada.
Não posso ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

Fiz de mim o que não soube
E o que poderia fazer não fiz.

Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.

Álvaro de Campos

Odes


Já sobre a fronte vã me acinzenta
O cabelo de jovem que perdi,
Meus olhos brilham menos.
Já não tem jus a beijos minha boca.
Se me ainda amas, por amor não ames:

Quanta tristeza e amargura afoga
Em confusão a estreita vida! Quanto
Infortunio mesquinho
Nos oprime supremo!
Feliz ou bruto que nos verdes campos
Pasce, para si mesmo anónimo, e entra
Na morte como em casa;
Ou sábio que, perdido
Na ciência, a fútil vida austera eleva
Além da nossa,como fumo que ergue
Braços que se desfazem
A um céu inesistente.

Ricardo Reis

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Sarau Prata da Casa - 20 de agosto de 2011

Proesia (palavra inventada por Caetano Veloso) Mistura de prosa e poesia, foi o que n/ faltou em nosso Sarau, e... quantas vezes um trecho em prosa encerra sublime poesia!



Carolina Leite - Júlio de Ló e Rodolfo Vidal animaram o nosso Sarau - muita alegria e descontração.


Entre muitos e belos poemas foi feita uma pequena homenagem ao autor Júlio Dantas, com o trecho inicial da peça.

"A Ceia dos Cardeais"

Peça estreada em 28 de março de 1902.
O livro projetou o escritor no mundo, tendo 50 edições nas mais diversas Línguas, em 50 anos, atingiu 200 mil exemplares, o que era incalculável naqueles tempos da nossa literatura.

Peça em um ato, em verso.

Segue o lindo trecho que começa com a Fala do Cardeal Gonzaga ao descrever aos 84 anos, o seu amor de infância.

Na hora da Ceia ao redor da mesa os cardeais se confraternizam e um pergunta ao cardeal Gonzaga que estava muito pensativo...
“Em que pensas Cardeal? (ele responde:

Ai, como é diferente o amor em Portugal!
Nem a frase subtil, nem o duelo sangrento...
É o amor coração
É um amor sofrimento.
Uma lágrima... um beijo...
Uns sinos a tocar...
Um parzinho que ajoelha e que vai casar
Tão simples tudo!
Amor, que de rosas se enflora:
Em sendo triste canta, em sendo alegre chora!
O amor simplicidade,
O amor delicadeza...
Ai, como sabe amar a gente portuguesa!
Tecer de sol um beijo, e, desde tenra idade,
Ir nesse beijo unindo o amor com a amizade,
Numa ternura casta e numa estima sã,
Sem saber distinguir entre a noiva e a irmã...
Fazer vibrar o amor em cordas misteriosas,
Como se em comunhão se entendessem as rosas,
Como se todo o amor fosse um amor somente...
Ai, como é diferente!

Ai como é diferente o amor em Portugal!

(Interpretado por Isabel Sousa)

domingo, 31 de julho de 2011

Triunfo das máquinas











Já se pensa em abolir a obrigatoriedade da letra de mão, que atende também pelo bonito nome de cursivo.
Será que nossa letra manual em tempos não muito distantes ficará sujeita à paleografia?
É certo que as crianças precisam desde cedo familiarizarem-se com o computador, mas daí a abandonar o método “cursivo”...
Especialistas acenam para o caso, e atestam que trará uma possível involução na capacidade motora e na coordenação entre olhos e mãos.
Enfim, temos trabalhado no incentivo à leitura, será que não chegou a hora de incentivo à escrita?
Desenvolver a criatividade da mente com uma caneta ou um lápis na mão?
Será bom sem dúvida para a coordenação motora.
Vamos prestar atenção e não nos confundirmos com sofisticados robôs.
Quem se lembra da Máquina de escrever?
Não há tanto tempo assim!
E, da “Taquigrafia?”
Pois é, dois verbos se extinguiram:
Taquigrafar e Datilografar.
Talvez o verbo Escrever, esteja em processo de extinção. Será?
Em sua substituição temos o jovem e dinâmico verbo Digitar.
É certo que a incorporação de novas palavras faz parte da evolução de uma Língua, então, também será natural algumas perderem seu sentido.
Ainda há quem fale através dum telefone para discar um determinado número.
Temos que concordar que o verbo Discar faz parte do passado.
Mas... por favor, continuemos com a nossa letra de mão, até gosto do nome "cursivo".


Isabel Sousa

terça-feira, 31 de maio de 2011

Sarau dos "Poetas da Casa das Rosas" 29 de maio de 2011







João Guimarães Rosa
Nasceu em 27/06/1908
Faleceu em 19/11/1967





"PROESIA"
Termo criado por Caetano Veloso,
proeza de misturar poesia com prosa.


Escolhido para receber esta homenagem foi o nosso Guimarães Rosa: Um dos mais importantes escritores brasileiros de todos os tempos.
Foi também médico e diplomata.


Convidado especial para falar sobre o assunto: o poeta e professor - Daniel Fransão Estanchi, ninguém melhor do que ele para me transportar à "Travessia" do velho Riobaldo; a minha imaginação navegou a uma época arcaica, anterior à escrita....... "Grande Sertão: Veredas". Rememora um tempo mítico através de histórias imagináveis.
"Deus existe mesmo quando não há, a gente sabe que ele não precisa existir para haver".Assim seguiu o Sarau com a interpretação de poemas e prosa poetica da autoria do homenageado.

Na abertutura foi dramatizado com um Jogral o poema Bibliocausto, por: Célia - Isabel - Etel e Charles.

Bibliocausto (Guimarães Rosa)

Que a minha mão não trema/ ao deitar no fogo forte e primitivo/ todos os traidores/ que me deram veneno.
Queimarei o frio/ geometrizador da vida/ lapidada através de lentes bem polidas/
(ah, o horror daquela pedra voando/ tangida pela mão de não sei que demônio/ e a pensar, pelo espaço, que ainda tem arbítrio!...)...
Queimarei o detrator/ maníaco e vaidoso/ que quis deter a vida numa câmara escura/
(ah, o inferno galopando às doidas/ nos cavalos sem freios/ da vontade cega e sem destino!...)
Queimarei o louco/ ébrio de orgulho/ raivoso de fraqueza/ que destilava haxixe em frascos verdes/ na paisagem alpina
(ah, o prazer com que ainda o queimaria/ em cada uma das voltas pavorosas/ do seu Eterno
Retorno!...)...
E só ficará comigo/o riso rubro das chamas, alumiando o preto/ das estantes vazias.
Porque eu só preciso de pés livres/de mãos dadas/ e de olhos bem abertos...


Como não poderiamos deixar de falar de saudade, aqui vai o poema interpretado no Jogral:

Saudade (Guimarães Rosa)


Saudade de tudo!...

Saudade, essencial e orgânica,

de horas passadas,

que eu podia viver e não vivi!...

Saudade de gente que não conheço,

de amigos nascidos noutras terras,

que talvez até hoje ainda esperem por mim...

Saudade triste do passado,

saudade gloriosa do futuro,

saudade de todos os presentes

vividos fora de mim!...

Pressa!...

Ânsia voraz de me fazer em muitos,

fome angustiosa da fusão de tudo,

sede da volta final

da grande experiência:

uma só alma em um só corpo,

uma só alma-corpo,

um só,

um!...

Como quem fecha numa gota

o Oceano,

afogado no fundo de si mesmo...



Abrilhantou também o nosso Sarau o cantor - poeta e compositor, Ozias Estafuzza, com suas lindas canções.

Na última parte , como sempre, terminou com os mais variados poemas da autoria dos "Poetas da Casa das Rosas".







sábado, 14 de maio de 2011

Biblioteca Anne Frank



Chuveu poesia na Biblioteca Anne Frank.
Muita animação com o Grupo "Guarda Chuva Poetico".

"A continuidade de eventos culturais como saraus, é uma necessidade vital para mantermos viva essa energia".
E, o incentivo à Leitura prosseguirá abrangendo crianças e adultos.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Projeto Leitura e Artesanato na Praça


SE A PRAÇA FALASSE

Sou apenas uma Praça,
Tenho alma - tenho vida,
Eu sou cheia de graça,
Do Brooklin a preferida.

Quartas-feiras, que alegria!
Minha vontade é gritar!
E para completar o dia,
Há livros no meio da Praça...
Artezanato para comprar,
Mas, os livros são de graça.

Ramos verdes nos dão guarida,
Passa gente - passa cão...
Passa gato - passa vida...
Tantas cabeças - tantas ideias!
Eu me apresento então:
"O meu nome é Enéias".

Isabel Sousa




 


Abril - estamos chegando ao final do mês, o qual marcou com mais força o movimento já existente de incentivo à leitura.


Valeu! Foi surpreendente.








Seguiremos em frente - esperança no futuro.

Dia 23 deste mês foi marcado como o "DIA DO LIVRO", e vários livros circularam por São Paulo. Entre eles os graciosos livrinhos infantis do "Movimento Social do Itaú".

"Nós acreditamos que incentivar o gosto pela leitura é um bom caminho para o desenvolvimento pleno das crianças.



É fundamental para o crescimento do país."



Na "Contação de histórias" vejo crianças no inicio da alfabetização despertando nelas o interesse e o desejo de eles próprios fazerem suas leituras.



Enfim, "Ler para uma criança muda a sua história".

A verdade que no decorrer destas observações vi adultos e crianças experimentarem o sabor da Leitura. Alguns veteranos - outros principiantes, que sorriem e prometem continuar - lendo e aprendendo.


Um exemplo:

Pude observar, na Praça Gen. Enéias Martins Nogueira (na esquina da R. Guararapes com a R. Dr. Geraldo de Campos Moreira) Bairro do Brooklin, onde é montada todas as quartas-feiras, uma Feira de Artesanato.

Artesãos ali expõem os mais variados e caprichados trabalhos. Porém, alguém quis ir mais além... No meio da Praça, foi improvisada uma Banca de livros para todos. E, o projeto se concretizou.

A ideia é:

"Depois de ler e reler devolver, para que outra pessoa possa fazer o mesmo".

Não deixemos então, que a enxurrada de todo o poder visual que a tecnologia criou, nos acomode em uma preguiça mental e a leitura fique meio esquecida. Longe de mim tirar o valor do que o mundo nos oferece. Juntemos tudo e, vamos em frente.

Um livro é um amigo - um companheiro que nos faz crescer e que mexe com as nossas emoções.

A leitura faz nossa mente trabalhar e aumenta nossa capacidade de pensar.










terça-feira, 12 de abril de 2011

Abril - mês da leitura



Livros - leitura - palavras...

No conjunto correspondem a um exercício para expressar com clareza os pensamentos.

Todo o nosso mundo se estrutura por intermédio da multiplicidade linguistica.

Na imaginação está o ato em encontrar palavras que reflitam a capacidade de pensar.

Escrever - ler - imaginar - enriquece a nossa compreensão - a expressão verbal - a transição entre palavras e seus significados, para pensar bem precisa saber lidar com as palavras, para tal a leitura é essencial.


Que este mês de abril, seja apenas um marco para insentivar a leitura, e que as nossas crianças sejam preparadas para leitores do presente e do futuro.

Isabel Sousa


Como escreveu Castro Alves


"Livros... livros à mão cheia...

E manda o povo pensar!

O livro caindo n´alma

É germe - que faz a palma,

É chuva que faz o mar"..........






domingo, 20 de março de 2011

É bom sonhar!

Faço versos a sonhar
Eles vibram em meu peito
Sinto-me num caminho estreito
Mas sempre consigo passar

Versos - doce harmonia!
Transcendem suave luz
E uma estrela me conduz
Rumo à minha fantasia

Sonhei ver o meu netinho
Acenando-me com carinho
Dizendo com alegria:

Estou lendo seu livro vovó!
No momento estava só
E ele fez-me companhia.




Isabel Sousa

terça-feira, 15 de março de 2011

NÚMEROS



Em cima, os numerais tataravós dos atuais.


<1-2-3-4-5-6-7-8-9-0

Há mais de mil anos um genio marroquino concebeu as figuras de 0 a 9, que hoje conhecemos como numerais arábicos. Ele moldou as figuras de tal forma que cada uma apresentasse o número correspondente de ângulos; o 2, dois ângulos - o 3, três ângulos, etc. O zero, significando, nada, não tem nenhum ângulo.


Números... números sem fim
De símbolos apenas nove,
Até que o inventor diz assim:
Vou fazer uma bolinha
Teremos dez simbolos enfim;
Espero que o mundo aprove.
Na esquerda não terá valor
Colocando-o à direita
É uma ideia perfeita,
O número fica maior.

Chamaremos de algarismos
A cada um desses símbolos,
Diz o árabe sabichão,
Um, dois, três, quatro, cinco,
Seis, sete, oito,nove e zero
Descobri tudo o que eu quero!

Agora muita atenção,
Estes simbolos arábicos
De todos são companheiros,
Em horas de confusão,
Em horas de solução,
Sejam quebrados - inteiros...
Até para as crianças
Servem para brincar.
Números ... números...
Fazem a gente pensar!


Isabel Sousa

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

25 de janeiro - 457 anos! Parabéns São Paulo!





Isabel Sousa


Em vários lugares da cidade houve pomposas e belas comemorações.
Eu pessoalmente estive na Praça da Sé, onde a estátua do Padre José Anchieta, de porte altivo nos faz lembrar a fundação da cidade que se havia de tornar nesta imensa metrópole cheia de histórias.
Na Praça da Sé eu vi várias faces de São Paulo.
Desde o índio Feitosa - xavante - com seu violão e sua voz afinada entoou belas canções; e, que vontade ele teve de contar sua história e de seus antepassados!
Não dava tempo para divagações. Sei que os xavantes são originários de Goiás e que imigraram para o Mato Grosso no século XIX.
O índio Feitosa é hoje um cidadão que abraçou São Paulo e que ama falar sobre suas origens.
A verdade é que, não é em todo o canto e a qualquer hora que se vê um índio nesta cidade!



Voltando às faces de São Paulo:
Vi um mendigo que rolou animadamente pelo palco improvisado se extasiando ao escutar os belos poemas e os acordes dos violões que ecoaram pelo espaço, a Praça da Sé marco da cidade, a pouco e pouco se encheu de gente.
E, que ironia, o mendigo, paz estampada em seu semblante! sorriu - bateu palmas e gritou:
Viva São Paulo!
Eu sorri e comentei:
"Pobrete mas alegrete!"




No meio aos espectadores estavam duas simpáticas freiras apreciando aqueles descontraídos momentos.
Não me contive e reparei que tinham em mãos O "FANAL" jornal mensal da Casa do Poeta; as abordei e lhes perguntei se gostavam de poesia; ao que de imediato responderam:
Muito!

Acrescentarei, que esta comemoração se repete há alguns anos por iniciativa da Casa do Poeta "Lampião de Gás" de São Paulo.
Assim, muitos poemas alusivos à nossa cidade foram declamados, porém, o que mais animou aquela manhã de sol brilhante foram os afinados violões e os cantores, que levaram todos os presentes a cantarem,como:
"São Paulo da garoa" - "Lampião de Gás" - Trem das Onze.... etc. etc.


No dia 25, a Praça da Sé foi o "oásis" - a imponente Catedral da Sé parecia reverenciar-se, e pelo chão pombos ciscavam sem medo dos transeuntes. Alguns cães de olhares doces pareciam participar do evento.

Pois é, São Paulo pode não ser mais a "Cidade da garoa", mas, não é momento de se pensar em "tempestades".
Cantemos então:
"Ai São Paulo - São Paulo da garoa - São Paulo que terra boa"!!!
Parabéns São Paulo!




quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Era uma vez... - Isabel Sousa



Era uma vez
Isabel Sousa


Era uma vez um presidente
Dum certo país tropical
Sempre alegre e sorridente
Nunca houve outro igual
Tantas viagens ele fez
Percorreu o mundo inteiro
Um autêntico burguês
Sorriso largo – brejeiro

Sonhou com Venus - com Marte
E a maior vontade sua
Era erguer seu baluarte
No árido piso da lua

Seu nome perpetuou
Num filme de sua história
O filme fracassou – ele sonhou
Que foi o auge da glória!
Dum sonho, a realização,
Em seu “reinado” feliz
Fechou os olhos à corrupção
Instalada em seu país

Tanto – tanto viajou...
Nada mais de novidade
Pra todo o sempre ficou
Da presidência a saudade

Sua esperança permanente
Que erguida será um dia
Em tempo pouco distante
Exibida com euforia
Sua estátua itinerante.

Esse “nobre” presidente
Em sonhos então flutua
E hoje muito contente
Vive no mundo da lua,
Ao lado da primeira dama
Que agora, fala pelos cotovelos
Mas ele nem reclama
E a enche de desvelos.


Todo o tempo da presidência
Ela nunca disse nada!
Sempre com muita paciência
“Entrou muda - saiu calada.”