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segunda-feira, 1 de março de 2010

SÍNDROME - ISABEL SOUSA



SÍNDROME
ISABEL SOUSA

Os galhos pareciam se espreguiçar...
Balançava levemente a folhagem...
Como se infinita fosse a paisagem
Numa beleza pura e singular!

Árvore eu quisera ser
De tronco firme na terra
Protegendo minha raiz
Sou apenas um galho
Que o vento um dia rumou
Para um lugar bem distante
Galgou montes galgou serras
Seguiu depois um atalho
Ao acaso ou, por que quis
Ainda bem verdejante
O vento me plantou
Em um distante país,
Aí então criei raízes
Rompendo o agreste chão
E mais galhos brotarão
Mas em outras diretrizes

Meu sentimento profundo
Nos meus caminhos incertos
Perambulei pelo mundo
Entre aglomerados e desertos
Escuto sem ouvir e olho sem ver
Minha mente vai distante...
Sinto uma vaga luz se acender...
Será “síndrome” de imigrante?

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