Desde que entrei nos entas
Deixei de na idade pensar.
Quarentas... cinquentas... sessentas...
Só prá frente caminhar.
Pensei escrever um poema...Não me sentia inspirada...
Eu vos conto o meu dilema:
Fazer mais anos? que nada!
Entrar nos entas? é veloz!
Deles sair viva? Glória!
Aí erguerei minha voz
Com um grito de vitória!
Cem anos, que felicidade!
Os zeros são sem valor...
Tiro os zeros de verdade,
E o número fica menor.
Declamando meus versos
Transformo tudo em flores
Revelo meus sonhos dispersos
Em um mundo cheio de cores
Andarei de bengala? Que nada!
Apoiar-me-ei na poesia...
Olharei o infinito deslumbrada...
Com uma doce nostalgia!
Terei uma força suprema.
Uma inspiração especial,
Escreverei um poema,
Que me fará imortal!
(Isabel Sousa)
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