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terça-feira, 13 de abril de 2010

IMORTALIDADE - Isabel Sousa




Imortalidade
Isabel Sousa


Querer um livro escrever
No fundo é rejeitar a morte
É triste a palavra morrer!
Mas com um pouco de sorte
Apelando para a memória
Libertando a imaginação
Capítulos da nossa história
Tomam outra dimensão

Um livro nos dá afinal
A esperança – a ilusão...
De ser um dia imortal.



Os poemas são pássaros que chegam não se sabe de onde e pousam no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo como de um alçapão.
Eles não têm pouso nem porto, alimentam-se um instante em cada par de mãos vazias, e olhas então, essas mãos vazias no maravilhoso espanto do saberes que o alimento deles já estava em ti.

MÁRIO QUINTANA

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