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domingo, 12 de dezembro de 2010

NEULOGISMO

Processo de criação de novas palavras na Língua.
De tempos em tempos novas palaras surgem, e algumas ficam e se integram no vocabulário.
Em uma oficina de textos propuzeram-me escrever uma carta a uma amiga imaginária tentando criar termos um tanto absurdos.
Por exemplo:
Este me ocorreu no momento:
"O povo brasileiro nestas eleições decidiu em maioria "Lular" (votando em Dilma).



Aqui vai a carta pedida: (Isabel C. S. Sousa)

São Paulo - novembro - 2010

Queridgma
Mafalda

Como tá tua existinência? Quanto tempo não nos vemos!
Soube que encontraste a Francelina outro dia e perguntaste por mim.
Resolvi então escrever-te esta modestiosa carta.
Começo por te dizer que minha voz continua a mesma, mas os meus joelhos!
Gastigados!
Meus olhos dançarinos não brilhareiam mais.
Lembras-te quando sentadas no chão jogavamos às cinco pedrinhas?
Lastimagem!
Tentei outro dia; tenho cinco pedrinhas de estimação, as olhei e joguei issolitária lembrando-me de ti.
Sentada no chão? perguntarás tu:
Sentei sim.
Pra me levantar?
Tive que apoiar a mão no piso madeiriço.
Pois é amiga, continuo pobrete mas alegrete.
Escrevenho versos pra tudo; as minhas abstrantes vocabuleiras palavras divertem-me.
Meus joelhos não são mais os mesmos, pois então... não são como os de outrora, mas o meu coração vibra a cem por hora.
A minha pressão?
Coração à larga, sempre afoito... a pressão é doze por oito.
Se não me olhar ao espelho sinto-me bela!
Ah, tens que conhecer a minha cadela! é minha comandada, a amo! Ela retribui esse amor animalmente sem restrição.
Esta cidade? é um sufocázafama. Muitos carros desfiladeiam e outros se debateiam, as pessoas às vezes zaragateiam.
Mas eu gosto daqui. Esta cidadarrona tem mais de onze milhões de habitantes.
Vem vizitar-me. Espero-te ao desceres do avião.
Avionar é bestial!
Vais também conhecer o meu novo namorarido..
Com o meu abraçamento.
Sempre amiga e esperancence até ao final da estrada desta vida atribulada,
Maria Imaculada.

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