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sábado, 4 de setembro de 2010

Passeando pela Russia e da Russia para Portugal

Passeando pela Russia

Agosto/2010
Isabel Sousa



Sob o sol escaldante desembarquei em São Petersburgo. Antiga capital da Rússia. Cidade linda! Cheia de histórias. Seu primeiro capítulo começou em 1703 na pequena Ilha das Lebres, região norte do Rio Neva, onde sob as ordens do Czar Pedro I, o Grande, foi fundada a Fortaleza “Sankt-Piter-Burg”, que quer dizer a Cidade de S. Pedro.

São tantas as histórias!
Se fosse descrever todas as minhas emoções meu Blog viraria um livro.
A arquitetura daquela época nos impressiona demais! Está tudo preservado e lindo! As ruas são amplas – limpas e belas.
A parte cultural está sempre pronta a oferecer os mais variados espetáculos.
Isto é um pequeníssimo resumo duma simples turista que pela primeira vez pisou em terras russas.
A História dos Czares nos prende a atenção, às vezes nos parecem irreais.
Catarina a Grande – Alexandre o Grande – Pedro o Grande... E, aí vem o Ivan o Terrível! Que matou o seu próprio filho de 10 anos de idade.
Enfim, jamais poderíamos entender aquelas mentalidades.

O que estranhei na Rússia, é que nada se fala da época da União Soviética, passam a impressão de querer apagá-la.
Realmente não entendi, por que História é História.
Curioso que eles não se sentem europeus, talvez pela proximidade com a Ásia e se negaram a fazer parte da Comunidade Européia.
Devem ter as suas razões.






Depois de São Petersburgo embarquei num maravilhoso trem rumo a Moscou.(MOCKBA), perto de 5 horas e meia de viagem.

A paisagem, não direi deslumbrante, mas me fez lembrar um conto de fadas.
Bonitas casas dispersas, onde, segundo fui informada, geralmente as pessoas depois de aposentadas se recolhem nesses lugares fugindo do aglomerado das cidades grandes, plantando e colhendo muitas vezes seu próprio alimento.
Moscou é a maior cidade da Europa com cerca de 11 milhões de habitantes.
E mais uma vez me vejo encantada com tanta beleza.
Bem traçada – jardins – arquitetura medieval – o Kremlin, a Praça Vermelha, e muitas estátuas não faltando a de Lênin.
E aqui estou eu viajando em pensamento, e mais uma vez me toco que terei que abreviar minha descrição, temo sempre escrever demais.
Visitei museus – assisti a um maravilhoso Balé. Antes de começar o espetáculo nos é oferecido uma taça de champanhe com algumas iguarias típicas.
Acabado o espetáculo perambulamos pelas ruas de Moscou, parece uma cidade dourada.
Passava da meia-noite, a pé caminhamos para o Hotel, com tranqüilidade.
Moscou tem o Metrô mais famoso do mundo, ornamentado com as mais variadas estátuas e belos quadros, cada qual com sua história.

Porém, quando a gente se mistura com a realidade do dia a dia, com a aglomeração frenética dos transeuntes, aquelas escadas rolantes quilométricas, o povo correndo descendo ou subindo alheio ao movimento pachorrento dos degraus deslizando num ritmo normal, somado ao ensurdecedor barulho das locomotivas, digo que me senti um tanto sufocada.

Numa dessas aglomerações, alguém pisou forte o meu pé calçado apenas com umas havaianas brancas com a bandeirinha do Brasil “Ai! Que dor!” Saiu-me da boca esta frase batida:“Você não vê por onde anda?” Claro que o pobre nem percebeu e muito menos entenderia a minha frase. A dor abrandou ao verificar que ele era cego, com sua bengala corria tentando acompanhar o aglomerado e acelerado grupo de pessoas. Olhei para minha filha e lhe disse: “Precisei vir a Moscou para ver um cego a correr.”













Uma semana repleta de emoções. Valeu a pena!
Viagem inesquecível.
Pela Rússia andei em companhia de minha filha, foi maravilhoso!
Despedimo-nos em Moscou. Eu rumei para Lisboa e ela para Paris.


Claro que em Portugal vivi a emoção de me sentir turista na minha própria terra.
Apenas uma semana também, muita gente querida me recebeu de braços abertos, amigos e familiares. Revi meus netos portugueses, Raquel, Sara e Daniel, e, claro que o meu amado filho que trocou o Brasil por Portugal.
Gostaria de colocar aqui o nome de todas as pessoas que me abraçaram, como não dá, então lhes direi: “Estão todas no meu coração.”
Foi intensa essa semana! Visitei as cidades dos arredores de Lisboa, com Susana e sua filha Miri, eu brincava com elas e lhes dizia: “Adotei vocês, Susana minha filha e Miri minha neta.” Susana é filha de uma minha amiga de infância, que infelizmente o ano passado nos deixou para sempre.

Enfim, terei que parar por aqui, se prolongar esta narrativa, tornar-se-á cansativa.

Obrigada aos visitantes de meu blog.

SPASSÍBA (obrigada, a única palavra que aprendi no idioma russo)


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