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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Passagem por Lisboa - Isabel Sousa

Passagem por Lisboa
Isabel Sousa


Pousei meu olhar lasso
Nos calçadões de Lisboa
Cadenciando de leve meu passo
Vagueei um tanto à toa
Procurei lembranças
Dum passado distante
Quimeras – sonhos – andanças...
A Rua Augusta adiante
Com seu Arco imponente
Quando eu era menina
Aquele calçadão era inexistente
E, os elétricos pachorrentos
Deslizavam quase em surdina
Ora velozes ora lentos...

Eu gostei do calçadão
No Arco o relógio é o mesmo
Saí da Rua Augusta sorrindo
Avancei quase a esmo
Lá estava o Terreiro do Paço
A Estátua de Dom José
E o Tejo cada vez mais lindo!
Em minha mente lhe dei um abraço
E ele beijou o meu pé!
Além do Tejo, o Cristo Rei
Abrindo os braços em minha direção
Lisboa sussurra ao meu ouvido:
Tu tens saudades eu sei,
Mas teu amor está dividido
Do outro lado do Oceano
Tem uma chama de paixão,
Dum país que ano após ano
Te abriu os braços também

E, Lisboa como uma mãe,
Parece dizer baixinho:
Obrigada por teu carinho
Não me esqueças jamais
Cada coração é uma estalagem
Que sempre cabe alguém mais
Faz uma boa viagem
Volta, nem que seja em pensamento
Olha o meu mar e sente o meu vento!
(AGRADECEMOS OS COMENTÁRIOS SEMPRE MUITO ÚTEIS - A imagem foi substituida depois de postagem de nosso leitor)

2 comentários:

Anônimo disse...

Um belo poema, sem dúvida, porém a
imagem noturna acima é de Florianópolis com o oceano Atlântico à esquerda, a majestosa ponte Hercílio Luz iluminada à direita e as antenas das emissoras de televisão no topo do
morro da Cruz ao fundo.


Morador de Florianópolis

Unknown disse...

Beijo querida Viva as viagens!